Quase três anos após a invasão russa, a Ucrânia enfrenta um grande desafio: resistir não apenas no campo de batalha, mas também no campo econômico. Com a guerra se prolongando, a questão central é se o país tem os recursos necessários para continuar lutando.
O presidente Volodymyr Zelensky tem defendido que a Ucrânia busca um desfecho que seja ao mesmo tempo rápido e justo. No entanto, com o apoio internacional instável — especialmente dos Estados Unidos, que começam a rever sua ajuda financeira — a sustentabilidade econômica do país está em risco.
A Ucrânia, embora territorialmente extensa, tem uma economia muito menor que a da Rússia. Antes do conflito, a economia russa superava a ucraniana em uma proporção de 10 para 1. Desde 2022, grande parte dos recursos do governo tem sido direcionada à defesa, dificultando investimentos em saúde, educação e serviços públicos.
O impacto econômico da guerra é comparável ao período de colapso da União Soviética nos anos 1990, quando a Ucrânia enfrentou inflação descontrolada e instabilidade financeira. Agora, o país precisa lidar com um rombo orçamentário crescente e a incerteza sobre a continuidade do financiamento externo.
Enquanto soldados enfrentam os desafios no front, a economia ucraniana trava sua própria batalha pela sobrevivência. O desfecho desse conflito pode depender tanto do poder militar quanto da capacidade de sustentar a máquina econômica por mais tempo.
Por Emerson Barros de Aguiar
Colunista PBblog